Envelhecer, pouco se importar e mudar opiniões.


O tempo vai passando e cada vez menos a gente se apega as verdades absolutas que antes eram tão importantes: o dinheiro não é tão importante assim, ele não é mais o foco exclusivo de um trabalho, a paixão não é o núcleo de um relacionamento, a amizade e o companheirismo passam a importar cada vez mais e ser eternamente feliz não é mais uma meta, a gente entende que não há plenitude em nenhum sentimento por todo o tempo.


O trabalho é importante para nossa existência por garantir o dinheiro, mas com o tempo fica cada vez mais nítido que vale mais GOSTAR do que se faz ou ao menos, sentir-se satisfeito no final dos dias de trabalho. Procuramos realização nas tarefas que realizamos para ganhar dinheiro, não somente trabalhar para ganhar o dinheiro, em outros palavras.


A piadinha "paixão é coisa de adolescente" torna-se cada vez mais real, não se quer mais ciúmes, demonstrações eternas de paixão e promessas que não serão cumpridas. Geralmente o que se quer é um companheiro para partilhar a vida, um amigo com quem podemos contar com mais honestidade e confiança, alguém para compartilhar momentos e ser nossa base e suporte.


Ninguém é feliz o tempo todo, por mais carros, casas e dinheiro que possua, isso se desconstrói aos poucos e vai dando espaço aos relacionamentos, o não querer estar sozinho, sentir-se bem na própria pele e agradecido pelo que conquistou. Encontrar-se em si mesmo e nas outras pessoas, na relação consigo mesmo e na relação com as outras pessoas; o autoconhecimento passa a importar.


Talvez isso seja maturidade ou talvez seja um cansaço de tantas frustrações, mas de qualquer forma parece saudável. Pegar todas as verdades absolutas e desconstruí-las para que um novo "eu" surja e transforme a vida ao melhor que ela pode ser. Revisitar velhos conceitos e construir coisas novas é o caminho da vida, querendo ou não.

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