Homens e mulheres são diferentes nesses pontos.


Há muitos anos o lado feminino é renegado e entendido como inferior. 
Como se os homens e mulheres não compartilhassem de semelhanças biológicas e somente as suas diferenças precisassem ser notadas, comparadas e inferiorizadas. A intenção é aproximar, claro, os gêneros e diminuir a desigualdade social que ainda se nota.


Mas além disso há uma diferença mais intima, algo que sempre sobra após a guerra dos sexos (onde nenhum sai vencedor). O que resta é a certeza de que o feminino e o masculino se completem e se necessitam. À menina há a dificuldade de se permitir, porque ao fazer isso pode ser renegada pelos próprios grupos. Isso existe no inicio da sua sexualidade, na sua vestimenta, no seu comportamento em público, por exemplo.


Ao menino há o medo de se mostrar frágil, porque remete ao feminino e ele aprendeu que isso é errado. O homem precisa ser macho e na macheza não há espaço para fragilidade de qualquer tipo. Isso há, com algumas ressalvas, no feminicídio. Mulheres mortas por homens que não sabem o que fazer com o próprio sentimento. Parece bobo, mas em muitos casos é real. O ciúme que não cabe em nenhum lugar, que não tem vazão no meio social do rapaz, escapa na bruteza da macheza e da pior forma possível.


Na verdade, talvez, ele precisasse chorar, sofrer, fragilizar e ser acolhido enquanto o faz. Não há como justificar, mas talvez seja uma forma de entender e de mudar esse cenário. Algumas perguntas que ficam são: Até quando a mulher precisará se comportar como o homem deseja? Porque o homem ainda teme tanto o seu lado feminino? Até quando o modo feminino será visto como inferior?

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